O PRANTO DE MARIA PARDA
Filandorra – Teatro do Nordeste
Sábado, 21h30
Preço: 3 €
Duração: 60’ (sem intervalo)
Classificação: M/6
«No livro quinto da Compilação, «que he das trovas &cousas meudas», vêm as «trovas de Gil Vicente em nome de Maria Parda fazendo pranto porque vio as ruas de Lixboa com tam poucos ramos nas tavernas & o vinho tam caro & ella nam podia viver sem elle».
As trovas de Gil Vicente sobre o pranto de Maria Parda constituem uma composição neste género faceto de cancioneiro. Por forma intensamente cómica, consegue Gil Vicente dar-nos um tipo popular de ébria, certamente muito conhecido nas vielas de Lisboa quinhentista. Estas trovas deveriam ter surgido como a condensação das lamentações dos bebarros, nesse ano funesto de vinte e dois, no qual, como no anterior, «por falta de agoa e polla secura do tempo, foy em toda Espanha excessiva a esterilidade».
Tendo visto vaguear pelo escuro das ruelas a figura desgrenhada e andrajosa de Maria Parda, a farejar nos antros das tabernas as exalações ácidas das pipas vazias, Gil Vicente pretendeu tirar da própria dor popular a gargalha do seu remédio.
Ficha técnica:
Autor: Gil Vicente, texto acrescentado de A. M. Pires Cabral
Dramaturgia, Espaço Cénico e Encenação: David Carvalho
Actores: Anita Pizarro, Bibiana Mota, Helena Vital, Bruno Teixeira e Victor Santos
Guarda-Roupa: Helena Leitão
Direcção Técnica: Carlos Carvalho
Luz e Som: Diogo Medeiros
Produção/Recursos Humanos: Cristina Carvalho
Comunicação/Relações Públicas: Silvina Lopes